Demoro-me a aparecer pois o cansaço me leva a hesitar. Minha mente que funciona initerruptamente e não me permite respirar.
O cansaço de escrever sempre as mesmas palavras, sem jamais receber alívio ou resposta. Cá estou eu caindo novamente. Gritando o silêncio, pedindo por socorro.
Deveis estar cansado também de ler sempre as mesmas agonias. E o mais breve sinal de mudança se apaga na aparição que se segue. Este ciclo repetitívo e imutável me leva à insanidade, cada vez mais real, por isso fujo. Fujo até mesmo do alívio supostamente trazido pelo ato de vomitar toda a dor em palavras. Pois cada palavra se torna uma prova concreta de minha doença, uma prova de que não há o que se possa fazer. Estarei voltando aqui em minha fuga do mesmo velho monstro, que cresce e cresce e jamais some.
O cansaço é grande de mais até mesmo para o pedido de socorro.
E diante de cada luta que se prova inútil, a vontade de deitar-se dentro de mim e perecer cresce...
sábado, 28 de maio de 2011
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