segunda-feira, 3 de outubro de 2011

 Correndo de mim mesma e depois me perseguindo, para lembrar quem sou. Tentei esquecer a dor e implorei para senti-la novamente, reconhecer-me.

Quem seria eu se não sofresse? Pergunto-me o que deveria sentir ao perceber que ainda espero por teu toque sobre meus ombros gélidos. Desamparo ou alívio? Essa dor continua a corroer-me por dentro, os sinais são os mesmos e eu carrego a mesma cruz, marcada com a mesma maldição.

A dor, o sangue, as lágrimas. O sol sobre a pele e o canto do pássaro penetrando meus tímpanos. São todos bençãos, lembrando-me constantemente da vida em mim, que sempre penso não mais existir. Os abultres que me observam de cima, cumprindo seus deveres, contribuindo, enquando amaldiçoados e incompreendidos. A rosa e seus míseros espinhos.


 Mas as pessoas e a promessa de que tudo acabará bem me mortificam. Como pode tudo acabar bem se o vazio em mim não se preenche e não há sinal de tua vinda? Meus ombros permanecem gélidos e minhas lembranças dolorosas.  Ai de mim quando abro os olhos e permaneço trancada em minha torre, a espera de alguém que nunca vem. Ai de mim quando há tantos a minha volta, absorvendo-me e arrastando-me.

Leve-me para casa antes que me perca aqui.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

POSTAGEM ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO :D

Então, pessoas.
  Hoje é dia primeiro de agosto, quando se inicia o mês maldito do meu aniversário. Bom, eu não costumo ter experiencias muito agradáveis em meus aniversários ou  me divertir ou qualquer coisa do tipo... Mas esse ano vou dar uma ajuda pra vocês me ajudarem.
  Vocês, meus amigos e leitores, terão a oportuniade de me fazer feliz! :D eee
  Colocarei abaixo uma lista com várias coisas que quero-muito/preciso, dos mais variados preços (A maioria é barata)
 Receber qualquer um desses itens me deixará imensamente alegre, não só pelo objeto em si mas principalmente pela consideração que quem me der mostrará (sou sensível).

Vamos lá:

DVD de qualquer temporada (ou todas) de TRUE BLOOD (pode ser encontrado no shoping Balneário se você mora em Santos)

Camiseta do TRUE BLOOD (não faço idéia de onde vende isso mas a-do-ra-ri-a receber uma)

Album Shallow Life da banda Lacuna Coil (pode ser encontrado na galeria Ipiranga, no gonzaga se você mora em Santos)

Album Revamp da banda Revamp (mesma loja da galeria Ipiranga)

Qualquer album da banda Epica     (idem)

Qualquer album da banda Xandria (já entenderam né)

Qualquer coisa dessa loja (tem várias coisas bem baratinhas)

Livros da série “As Crônicas de Gelo e Fogo”

Esmaltes de todas as cores desde que sejam escuras

Dicionáio Michaelis Japonês - Português (esse é pra quem me ama muito! haha)


E é isso aí. Coloquei essa lista aqui cedo pra dar tempo né, sabe como é. Se eu lembrar de mais alguma coisa acrescento aí.


 Abraços a todos =* 













quinta-feira, 23 de junho de 2011

Eu chorei. As lágrimas me pareceram demasiadamente pesadas e amargas, talvez pelo tempo em que estiveram presas. Deixei com que elas percorressem o caminho por meu rosto sem reagir. Eu respirei. Não senti o ar alcançar meus pulmões, não lembro qual a última vez que senti; isso e qualquer outra coisa.
Então eu me perguntei o porquê, e cheguei a várias respostas e nenhuma.
Olhei em volta e não vi ninguém, busquei um motivo e não vi nenhum, procurei um escape e não achei.
Eu tentei ignorar a dor corrosiva e pulsante. Claro, falhei. Assim como falhei em evitar que a dor atingisse o físico, assim como falhei em esconder. Mas esconder de quem? Não há ninguém.
Eu desejei que minha dor fosse tão efêmera quanto o resto de meus sentimentos, mas voltei atrás. É a única coisa constante em mim. A única coisa que está sempre presente, por trás de cada palavra, ato e pensamento. A única.
Eu tentei me explicar, talvez fazer com que minha dor se tornasse compreensível pudesse me ajudar. Não consegui. Até agora, nada. Então desisti.
 Imaginei então, que escrever palavras e frases aleatórias pudesse me trazer algum alívio. Ainda, nada.
Creio, então, que só me resta esperar até que a dor diminua ou até que eu definhe de vez...

sábado, 4 de junho de 2011

 So I took the first scisor I saw and hurt myself. But I stopped before I really did it, because I realized that, unlike most people I know about, physical pain wouldnt stop the ache in my mind. 
  And I dropped the scisor feeling worse than I would feel if I had really done something. There is no hope, after all. No scape from the pain. I felt more sick than ever. I turned the lights off and I lay on the floor, not noticing that, for the first time, I wasn't being able to let the music fill my mind and make me forget about everything...

sábado, 28 de maio de 2011

Demoro-me

 Demoro-me a aparecer pois o cansaço me leva a hesitar. Minha mente que funciona initerruptamente e não me permite respirar.
 O cansaço de escrever sempre as mesmas palavras, sem jamais receber alívio ou resposta. Cá estou eu caindo novamente. Gritando o silêncio, pedindo por socorro.

 Deveis estar cansado também de ler sempre as mesmas agonias. E o mais breve sinal de mudança se apaga na aparição que se segue. Este ciclo repetitívo e imutável me leva à insanidade, cada vez mais real, por isso fujo. Fujo até mesmo do alívio supostamente trazido pelo ato de vomitar toda a dor em palavras. Pois cada palavra se torna uma prova concreta de minha doença, uma prova de que não há o que se possa fazer. Estarei voltando aqui em minha fuga do mesmo velho monstro, que cresce e cresce e jamais some.

 O cansaço é grande de mais até mesmo para o pedido de socorro.

 E diante de cada luta que se prova inútil, a vontade de deitar-se dentro de mim e perecer cresce...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Boderline

 “this storm of thorns is growing ....[hate me]
there's no end in sight
chaos claws my jaw
and incites a mental riot”


Não reconheço a pessoa refletida no espelho. Meu rosto desfigurado pela mágoa e pelo cansaço.
 “Eu odeio a minha vida”
Tranco a porta, apago as luzes e fecho a janela, não preciso ver nada ao redor, apenas o ódio dentro de mim. Concentro-me no sentimento corrosivo subindo de meu peito à minha garganta.
“Eu odeio a minha vida”
O pior é não saber se realmente o sinto ou se é apenas mais um sintoma da doença. Quantas das coisas que eu sinto são verdadeiras? E se nenhuma for? Contorço-me em agonia, apertando meu estomago que parece sustentar o vácuo. Os piores pensamentos envolvendo minha mente em uma névoa escura. Por que com isso me sinto em casa?

 “EU ODEIO A MINHA VIDA”

Tudo me machuca, não há um lugar seguro. Não há braços me amparando quando eu caio, não há o calor envolvendo-me o peito gélido. Eu sou a única pessoa que me toca.

“EU ODEIO A MINHA VIDA”

Todos me odeiam, todos me desprezam.
É difícil respirar, mas prefiro assim a ter aquele sentimento tão passageiro e ser derrubada brutalmente ao chão em segundos. Ao menos a dor é constante e é verdadeira. Ninguém vai roubar a dor de mim como roubam a felicidade.
Comemoro a única e densa lágrima que escorre por minha face. Mesmo que seja só uma, é uma vitória poder tirar qualquer coisa de dentro de mim.
 Ignoro a voz que me chama do lado de fora. Mesmo que quisesse, seria impossível responder. Estou presa dentro de meu próprio inferno.

“Enterrado vivo em território inimigo – ENTERRADO VIVO”

Eu queria que me olhassem nos olhos e me vissem gritar em dor. Eu queria que fossem capazes de me ouvir. Agora eu quero poder não querer mais. Quero ser capaz de conviver com a minha dor, sem precisar de ninguém. Quero que parem de abusar de mim só porque não sei responder.

“Enterrado vivo em território inimigo – ENTERRADO VIVO”

Enquanto sou forjada a ferro e fogo para tomar uma forma que jamais será a minha, penso mil vezes em escapar, de mil maneiras diferentes. Qual doeria menos e qual faria menos sujeira? Eu quero que todos morram. Eu quero ser a única a morrer. Quero fechar meus olhos e entrar em coma.

Mas um grito, um sorriso, um sinal, me tirariam do transe com a mesma facilidade com a qual me jogaram nele. Por isso meus desejos não possuem valor, assim como minhas palavras. Por isso ninguém acredita quando digo que estou agonizando.
 Por mais que eu agonize de novo e de novo, por mais que cada dia eu morra um pouco dentro de mim. 






quinta-feira, 24 de março de 2011

Deleite para a parte livre de mim

Hoje eu fugi. Eu sempre fujo, na verdade. Mas sempre volto.

Hoje à noite eu fugi. Peguei um par de patins e resolvi correr até sentir vontade de parar, por mais que a parte domada de mim tenha me dito pra voltar várias vezes durante o caminho. Eu decidi que só ia parar quando a parte livre de mim realmente sentisse vontade. Então eu fui.

            Eu corri sem me importar com o vento carregado de sal do mar bagunçando meu cabelo, ou com o suor molhando minha roupa. Eu corri sem medo de escorregar com o patins no chão úmido da ciclovia, ou das bicicletas me ultrapassando. Corri simplesmente para esgotar meu corpo sobrecarregado e minha mente doente e hiperativa.
  
            Passei por pessoas que riam e bebiam, passei por pessoas que voltavam cansadas do trabalho, passei por pessoas fumando maconha e me olhando com expressões mal-encaradas. Todas elas passando por mim em nada mais que um borrão. Nenhuma delas deixando alguma impressão em mim.
           
            Eu finalmente passei a sentir meu corpo e, principalmente, minha mente relaxarem conforme a iluminação ia se tornando precária. Nada como a escuridão soturna e o silêncio encoberto por minhas músicas favoritas tocando em alto volume nos meus ouvidos para me trazer paz. Parece estranho; mas qualquer pessoa que viva em uma casa vinte e quatro horas por dia barulhenta me entenderia. E escuridão é sempre mais acolhedora que a luz. O silêncio machuca muito menos que palavras vazias.

            O mar foi se tornando cada vez mais próximo de calçada e, como sempre, senti-me irremediavelmente atraída. Em noites assim tenho a nítida impressão de que eu seria capaz de caminhar sobre aquele mar, tão escuro e calmo, quase sólido. A parte domada de mim gritando avisos de perigo, ir para perto da água naquela área escura é certamente um ato autodestrutivo. Mas essa era a noite da parte livre, que há tempos se debate dentro de mim para ser ouvida. Patins arrancados dos pés, pular o muro para as pedras destinadas a evitar a erosão causada pelas ondas. A falta de luz fez com que eu quase não pudesse ver as baratas marinhas fugindo dos meus pés. Atenção redobrada, Deus sabe a quantos decibéis gritaria se eu acabasse por esmagar uma delas descalça. E, assim, mergulhei na escuridão.

            Pisando na areia livre de qualquer ser vivo que eu pudesse esmagar, me permiti olhar ao redor. Tudo o que pude pensar naquele momento foi “Obrigada.” Às vezes nos damos conta de que cada momento é um presente que nos foi dado. Não só os bons, que nos permitem sentir alegria e admiração, mas também os ruins, que nos permitem aprender. Sem os momentos ruins não seríamos capazes de admirar ou sequer reconhecer os bons.  Um clichê extremamente verdadeiro.
           
            Permiti que a água fria tocasse meus pés enquanto olhava embriagada as águas negras se fundindo ao céu escuro. Era impossível dizer onde o mar acabava e o céu começava. Não havia horizonte e, naquele momento, a sensação de liberdade que costumeiramente me invade quando olho o mar se multiplicou. O mp3 havia sido desligado e o barulho sussurrante das ondas passou a embalar minha mente.
 Mais adiante alguns navios piscavam suas luzes, fazendo-se notar. Era como finalmente conseguir me transportar para outra dimensão. Caso virasse minhas costas, todos os carros e pessoas estariam lá, me esperando. Mas enquanto estava ali, olhando para aquela direção, ao menos um barulho se fazia ouvir.

 A maré subia e as ondas tocavam minhas calças dobradas até os joelhos. Não fui capaz de me importar, até a parte domada de mim se quedava atônita com o que via. O único pensamento que minha mente era capaz de produzir era o desejo de fazer parte daquilo. Tornar-me parte das águas e tocar o céu. Esquecer a gravidade prendendo-me cruelmente ao chão e flutuar até aquele lugar onde o horizonte se tornou invisível. Pude ter essa sensação, mesmo que não saiba dizer se por segundos ou inúmeros minutos. Por algum tempo meus pés não tocaram o chão, apenas a água.

            “Posso ficar assim pra sempre?” perguntei à seja lá qual força maior que rege nossas vidas. Era quase como estar em casa, só o pensamento de ter de me afastar daquele cenário já me doía. O que fazer se tudo dentro de mim gritava para que eu avançasse mar adentro? Talvez, mais pra frente, eu realmente pudesse caminhar sobre aquele escuro. As ondas permaneciam sussurrando seu doce chamado. Atrás de mim faróis e gritos me despertavam para a realidade.

            Por que será que eu penso em me entregar toda a vez que estou em um lugar alto ou em frente ao mar aberto? Talvez seja a tentadora promessa de voar por alguns segundos, aliviar meu peso...

            Agradeci mais uma vez. Meus pés me levaram para trás sem que eu me virasse. Como poderia dar as costas àquele pedaço de paz? Uma pequena dor tocou meu coração quando meus pés tocaram a areia. Mesmo que eu volte no mesmo horário, será outro dia. Jamais o mesmo cenário, jamais os mesmos sentimentos. E era precioso de mais o que eu deixava para trás.

Observei enquanto uma aranha cruzava meu caminho na ciclovia. E não parei quando minhas pernas começaram a doer.

Hoje eu fugi. Decidi que só voltaria quando a parte livre de mim decidisse voltar.
Mas a verdade é que a parte livre de mim jamais voltaria.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Até o fim o verão...

Olá, caros leitores que acompanham este blog.
 Venho trazer boas e não-tão-boas notícias. As boas primeiro, para quebrar o clichê: Os textos para serem postados neste blog se acumulam, assim como os de um novo projeto que muito em breve será anunciado (o qual, aliás, não vejo a hora de compartilhar).
 A parte não-tão-boa é que, como prometi para mim fazer este blog com imagens para quebrar um pouco da monotonia (e prometi para mim mesma que estas imagens seriam de autoria própria) cada postagem depende de que eu tenha tempo e recursos para 'produzir' tais imagens. Nada muito rebuscado, como puderam perceber nos últmos posts; mas que, minimamente, ilustre o assunto abordado. Como vocês também devem ter percebido, estamos vivendo o inferno na terra. Um calor absurdo que mal permite esta frágil pessoa que vos fala levantar de sua cama todas as manhãs *drama*, quanto mais tirar uma foto.
 Mais boas notícias: O verão acaba em breve!

Não sei vocês, mas eu estou contando os dias para ver algo novo e bem feito por aqui. Aguardem.
 

 Wild Rose
   Annelize Winter
      Ana Luiza da Silva Garcia 
        e todas as outras infinidades que me fazem