sábado, 5 de janeiro de 2013

Uma Mensagem da Estátua


"Em assuntos de amor são os loucos que tem mais experiência. Sobre o amor, não perguntes nada aos sensatos: os sensatos amam sensatamente, o que equivale a nunca ter amado."

 Li a mensagem no papel que a estátua viva depositara em minha mão, sucedida por um pirulito, enquanto rumava para casa. Aquele homem estivera ali ha anos, eu tenho passado por ali ha anos, e hoje resolvera encostar em mim, quase me matando do coração. Ninguém consegue me assustar assim, ele ganhou um real como recompensa.

 Mas, ah, seu estátua, por que logo essa mensagem? Você nem pegou ao acaso, escolheu a dedo, eu vi. Sim, estava acompanhada, mas sequer de mãos dadas. Será por isso? Pela falta de contato com meu acompanhante do sexo oposto? Mas ele era um amigo, e eu estava voltando sozinha quando me entregou a mensagem.

 Não vou saber o motivo, mas eu digo uma coisa para você e para quem escreveu essa mensagem impiedosa: eu amei. Eu amei insanamente, dolorosamente. Eu me apaixonei e amei.

 Mas minha insanidade nunca passou das paredes de carne que envolvem minha alma. Ela ficou ali, presa, antes que pudesse machucar mais alguém. Minha insensatez corroeu meu cérebro e meu peito silenciosamente. Minha sensatez a prendeu ali, antes que estragos maiores fossem feitos. Eu amei o suficiente para não tocar, e assim não quebrar. Amei a ponto de não machucar.

 Anos foram perdidos, talvez alguma felicidade. Talvez jamais houvesse dado certo. E hoje os que eu amei sabem o que é ter a felicidade, longe do que eu poderia ter trazido. E isso me dá alegria. Porque eu amo.




Mas, ao fim, talvez esteja certo. Talvez o amor tenha me feito nunca amar.

terça-feira, 9 de outubro de 2012



                       
                          Ela afastou o cigarro e, enquanto expirava de vagar, abaixou o braço até que uma parte de sua mão estivesse apoiada na pedra onde sentava. Mais a frente as ondas bravias produziam respingos na barreira. Pensou em avançar alguns metros para sentir a água.

   - Em alguma dessas vezes eu já me suicidei?

A pergunta saiu em um impulso, ela ouviu-se como se a outra pessoa. Alguns segundos silenciosos se passaram antes que ele respondesse.

   - Você quer mesmo saber?
   - Sim.

Ele tragou seu próprio cigarro, olhando para o mesmo ponto que ela, talvez também desejando avançar.

  - Várias vezes.

Um meio sorriso se fez em seus lábios

 - E agora seu trabalho é me impedir, não?

Ele também sorriu, um tanto amargo.

 - Faz algum tempo.
 - Quando foi a última vez que eu...?
 - Você pode ser bem teimosa. E quando é, é capaz de coisas que nem imagina. Pode ser rápida, e até dissimulada. E silenciosa.

Ela apoiou a testa sobre os braços, escondendo o rosto. Enquanto o cigarro se consumia entre seus dedos, focou no barulho das ondas, na brisa leve de encontro com sua pele.

 - Quantas vezes eu já disse que estava cansada? - Perguntou, sem levantar a cabeça.
 - Bem... Você nunca foi muito disposta.
 - Erick...
 - Sim?
 - Não me deixe conseguir dessa vez.

 Ele desviou os olhos do mar para mirar a garota ao seu lado. Ali estava algo que ela não havia dito antes.






     Só o que eu posso dizer sobre esse trecho pra que ele faça sentido, é que ela teve muitas e muitas vidas nas quais tentou pagar seus pecados, mas acabava apenas produzindo mais para alimentar sua lista. E ele foi quem induziu-a ao erro pela primeira vez sendo, depois de algum tempo, nomeado para guiá-la ao caminho certo durante suas vidas. Comecei essa história a algum tempo, Deus sabe quando ela vai acabar...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

 Correndo de mim mesma e depois me perseguindo, para lembrar quem sou. Tentei esquecer a dor e implorei para senti-la novamente, reconhecer-me.

Quem seria eu se não sofresse? Pergunto-me o que deveria sentir ao perceber que ainda espero por teu toque sobre meus ombros gélidos. Desamparo ou alívio? Essa dor continua a corroer-me por dentro, os sinais são os mesmos e eu carrego a mesma cruz, marcada com a mesma maldição.

A dor, o sangue, as lágrimas. O sol sobre a pele e o canto do pássaro penetrando meus tímpanos. São todos bençãos, lembrando-me constantemente da vida em mim, que sempre penso não mais existir. Os abultres que me observam de cima, cumprindo seus deveres, contribuindo, enquando amaldiçoados e incompreendidos. A rosa e seus míseros espinhos.


 Mas as pessoas e a promessa de que tudo acabará bem me mortificam. Como pode tudo acabar bem se o vazio em mim não se preenche e não há sinal de tua vinda? Meus ombros permanecem gélidos e minhas lembranças dolorosas.  Ai de mim quando abro os olhos e permaneço trancada em minha torre, a espera de alguém que nunca vem. Ai de mim quando há tantos a minha volta, absorvendo-me e arrastando-me.

Leve-me para casa antes que me perca aqui.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

POSTAGEM ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO :D

Então, pessoas.
  Hoje é dia primeiro de agosto, quando se inicia o mês maldito do meu aniversário. Bom, eu não costumo ter experiencias muito agradáveis em meus aniversários ou  me divertir ou qualquer coisa do tipo... Mas esse ano vou dar uma ajuda pra vocês me ajudarem.
  Vocês, meus amigos e leitores, terão a oportuniade de me fazer feliz! :D eee
  Colocarei abaixo uma lista com várias coisas que quero-muito/preciso, dos mais variados preços (A maioria é barata)
 Receber qualquer um desses itens me deixará imensamente alegre, não só pelo objeto em si mas principalmente pela consideração que quem me der mostrará (sou sensível).

Vamos lá:

DVD de qualquer temporada (ou todas) de TRUE BLOOD (pode ser encontrado no shoping Balneário se você mora em Santos)

Camiseta do TRUE BLOOD (não faço idéia de onde vende isso mas a-do-ra-ri-a receber uma)

Album Shallow Life da banda Lacuna Coil (pode ser encontrado na galeria Ipiranga, no gonzaga se você mora em Santos)

Album Revamp da banda Revamp (mesma loja da galeria Ipiranga)

Qualquer album da banda Epica     (idem)

Qualquer album da banda Xandria (já entenderam né)

Qualquer coisa dessa loja (tem várias coisas bem baratinhas)

Livros da série “As Crônicas de Gelo e Fogo”

Esmaltes de todas as cores desde que sejam escuras

Dicionáio Michaelis Japonês - Português (esse é pra quem me ama muito! haha)


E é isso aí. Coloquei essa lista aqui cedo pra dar tempo né, sabe como é. Se eu lembrar de mais alguma coisa acrescento aí.


 Abraços a todos =* 













quinta-feira, 23 de junho de 2011

Eu chorei. As lágrimas me pareceram demasiadamente pesadas e amargas, talvez pelo tempo em que estiveram presas. Deixei com que elas percorressem o caminho por meu rosto sem reagir. Eu respirei. Não senti o ar alcançar meus pulmões, não lembro qual a última vez que senti; isso e qualquer outra coisa.
Então eu me perguntei o porquê, e cheguei a várias respostas e nenhuma.
Olhei em volta e não vi ninguém, busquei um motivo e não vi nenhum, procurei um escape e não achei.
Eu tentei ignorar a dor corrosiva e pulsante. Claro, falhei. Assim como falhei em evitar que a dor atingisse o físico, assim como falhei em esconder. Mas esconder de quem? Não há ninguém.
Eu desejei que minha dor fosse tão efêmera quanto o resto de meus sentimentos, mas voltei atrás. É a única coisa constante em mim. A única coisa que está sempre presente, por trás de cada palavra, ato e pensamento. A única.
Eu tentei me explicar, talvez fazer com que minha dor se tornasse compreensível pudesse me ajudar. Não consegui. Até agora, nada. Então desisti.
 Imaginei então, que escrever palavras e frases aleatórias pudesse me trazer algum alívio. Ainda, nada.
Creio, então, que só me resta esperar até que a dor diminua ou até que eu definhe de vez...

sábado, 4 de junho de 2011

 So I took the first scisor I saw and hurt myself. But I stopped before I really did it, because I realized that, unlike most people I know about, physical pain wouldnt stop the ache in my mind. 
  And I dropped the scisor feeling worse than I would feel if I had really done something. There is no hope, after all. No scape from the pain. I felt more sick than ever. I turned the lights off and I lay on the floor, not noticing that, for the first time, I wasn't being able to let the music fill my mind and make me forget about everything...

sábado, 28 de maio de 2011

Demoro-me

 Demoro-me a aparecer pois o cansaço me leva a hesitar. Minha mente que funciona initerruptamente e não me permite respirar.
 O cansaço de escrever sempre as mesmas palavras, sem jamais receber alívio ou resposta. Cá estou eu caindo novamente. Gritando o silêncio, pedindo por socorro.

 Deveis estar cansado também de ler sempre as mesmas agonias. E o mais breve sinal de mudança se apaga na aparição que se segue. Este ciclo repetitívo e imutável me leva à insanidade, cada vez mais real, por isso fujo. Fujo até mesmo do alívio supostamente trazido pelo ato de vomitar toda a dor em palavras. Pois cada palavra se torna uma prova concreta de minha doença, uma prova de que não há o que se possa fazer. Estarei voltando aqui em minha fuga do mesmo velho monstro, que cresce e cresce e jamais some.

 O cansaço é grande de mais até mesmo para o pedido de socorro.

 E diante de cada luta que se prova inútil, a vontade de deitar-se dentro de mim e perecer cresce...