segunda-feira, 15 de março de 2010

Teaser do mais novo projeto

Castiel acordou com uma dor repentina no estômago
 - Ei! - ouviu uma voz gritar. A dor repentina mais uma vez - Levanta!
Com o braço em volta da barriga, virou para o outro lado, tentando voltar a dormir. Deveria ser algum tipo de sonho. Mas a dor voltou, alguns centímetros abaixo do lugar que seu braço protegia.
- Castiel! - A voz era séria, um certo tom de desprezo.
Com muito esforço, Castiel abriu os olhos, que a forte luz do sol feriu imediatamente. A luz apenas o permitia ver o contorno de um corpo pequeno, escuro. Mas não era preciso realmente ver para saber quem estava ali. Lillian o chutava com força, para acorda-lo, os braços cruzados. Ela o mirava, imóvel.
Como percebesse ele acordado, passou a usar o tom de voz baixo, porém o desprezo se tornou mais perceptível.
- Seu pai está preocupado.
Castiel permaneceu imóvel, ainda semi consciente. Lillian suspirou e o puxou pelo braço.
- Levanta. - e, após suspirar de novo, acrescentou - está fedendo à cerveja.
A ajuda foi simbólica. Castiel era muito maior que Lillian, que jamais conseguiria levantá-lo sozinha. Ela agora caminhava pacientemente ao lado dele.
- Essa não é uma bebida da qual você deveria abusar. - Ela não o olhava nos olhos enquanto falava. Olhava para frente, ainda séria.
- Me ajuda - sua voz rouca custava a sair.
- É o que você pensa.
A conversa aí cessou.
 Enquanto caminhava, com Lillian em silêncio ao seu lado, Castiel deixava os pensamentos fluírem.
Não sentira raiva quando soube que era ela quem o agredira, porém a dor de ouvir o desprezo em sua voz foi mais forte que a que os chutes que recebera proveram. Não sentira vontade de agradi-la de volta como teria sentido caso fosse qualquer outra pessoa em seu lugar. Parou para pensar em um motivo. Talvez fosse porque ela era a que realmente se importava com ele. Talvez...
- Não vou te acompanhar até lá dentro, você precisa conversar com seu pai. - A voz era ainda séria.
Acordando de seu devaneio, percebeu que já estava em frente a sua casa.
 Lillian virou as costas e começou a caminhar, mas foi interrompida. Castiel a segurara pelo braço, firmemente, mas como cuidado de não machucá-la.
 Sua voz saiu baixa, quase inaldível. Mais por constrangimento que pelos efeitos da noite anterior.
 - Obrigada.
Ela pos a mão suavemente sobre a sua, acariciando-a por uma fração de segundo, e fez com que a soltasse, com um igualmente breve sorriso, para logo depois retomar seu caminho.
"Eu vi isso" ele pensou, feliz "por mais que ela tenha tentado disfarçar..."
Suspirou e se preparou para encarar a fúria paterna. Não seria a primeira vez. Mas, certamente, a primeira em que tivera apoio...

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